26.6.12

Mais um videozin

Uns truquinhos bobos para testar a câmera nova e as minha inexistentes habilidades de edição.



20.6.12

Truques inúteis? - Falta de criatividade

Continuação desse post.

Hehehe. Tava sem criatividade, dá para notar? Mas deu para treinar várias coisas importantes com esse truque bobo. Habilidades que podem ser muito úteis para o agility. Vocês conseguem ver quais? :) 


18.6.12

O perigo das correções


O post de hoje também foi produzido graças a uma dose de pressão e inspiração. Pelo jeito, vai ser assim até o fim do semestre. Ontem mais cedo, a Marjorie publicou um post sobre as dificuldades que está tendo com seu cao para treinar agility. Todo mundo no esporte ja viveu isso na pele. Eu, por exemplo, volto das seletivas para o Mundial precisando retreinar minha cã a fazer as zonas, o slalom e o fica. Só. Rsrs.

Mas o dilema da Marjorie tem a ver com problemas que eu vivi com meu outro cão preto, o Pypo. O dilema é: todos nós queremos treinar nossos cães apenas com reforços, brinquedos e pesticos. Mas como fazer isso? Como lidar com os "becos sem saída"?


Num post anterior, eu coloquei algumas das razões pelas quais devemos ter cuidado ao treinar nossos cães com correções físicas ou verbais. Os efeitos colaterais da coerção podem agir contra o próprio treino. Mas hoje, eu não vim discutir sobre os efeitos das correções nos nossos cães, mas sim, em nós. Isso mesmo. Quais são os efeitos que as correções tem em nós treinadores?

No post citado acima, eu disse que nunca devemos julgar um método por sua má aplicação. E, há de se admitir, existem milhares de cães pelo mundo afora que provam que é possível treinar bons cães de performance misturando metodologias, ou seja, usando reforços e correções simultaneamente. Assim como é possível treinar bons cães de performance apenas com punições. Então, por que eu bato tanto na tecla do "apenas" reforço?


Um dos principais motivos é: o efeito que a punição tem em nós.

Vários anos atrás, eu li um texto sobre esse mesmo assunto que começava assim:

"A violência começa quando o conhecimento acaba"

Quando vamos ensinar usando correções, nós estamos de frente, normalmente, a uma situação que pode conter esses três pontos-chave:


1. o cão fez algo que não queremos que ele repita
2. nós não sabemos como arrumar esse comportamento-problema de outro jeito
3. o item 1 e 2 causam grande frustração e outros sentimentos desagradáveis


O grande problema de treinar com correções é que, eventualmente, a maioria de nós não corrigirá os cães apenas para ensinar algo a eles, mas sim, toda vez que ficarmos frustrados com o treinamento ou com o dia-a-dia do cão. Muitas vezes fazemos isso apenas para descontar a raiva, outras vezes, por desolação por não saber outro meio de resolver o problema. E isso não é nada educacional.

Olhe para o dia-a-dia com seus cães. Quais comportamentos vocês constantemente punem que simplesmente não desaparece? No agility, os exemplos são infinitos. Cães que ouvem " ei, não!" ou "txi txi" e continuam andando e antecipando o primeiro salto. Donos que socam e chutam caixas, mas seus cães continuam latindo pra pista. Cães que puxam guia, pulam a zona, saem do slalom... Vocês entenderam. Vários desses cães são constantemente punidos e simplesmente não melhoram. As punições estão servindo para o dono acreditar que está fazendo o possível e para descontar as angústias, mas não está resolvendo o problema.



É bem verdade que punir exige bem menos planejamento do que treinar com reforço. Mas quando buscamos uma performance inigualável ou uma ótima relação com nossos cães, será que vale a pena a pressa?

Nos exemplos citados acima, existem vários motivos pelos quais a punição não está funcionando. Mas ao invés de buscarmos soluções, continuamos punindo e rotulando o cão de "teimoso", "folgado" ou "dominante". E esses rótulos apenas nos fazem acreditar que é mais difícil ainda arrumar esse problema.


"Existem tantos meios para ensinar algo a um cão, quanto existem treinadores para pensar esses meios" (Karen Pryor)

Desde que decidi parar de usar punições para treinar meu cães, encontrei várias pedras no caminho. Algumas vezes já "perdi a cabeça" e dei algumas broncas nos meus cães pretos. Isso faz parte, mas o bom é que esses acontecimentos são cada vez mais raros. Mas tomar essa decisão foi também escolher como eu me portaria em relação ao desenvolvimento dos meus cães. 

"O seu cão é um reflexo da sua habilidade como treinador de cães". Lembram-se desse post? Treinar apenas com reforços é mais do que apenas deixar seu cão feliz a todo momento.
Pensem a respeito.

No meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade 
Albert Einstein
 

4.6.12

Inspiração - Gabrielle Blackburn

Eu sei que ainda estou devendo diversos posts aqui no blog, eu não esqueci, mas a maioria dos posts que escrevo demoram semanas para ficarem prontos. Eu escrevo e rescrevo, pesquiso e "repesquiso" mas ultimamente estou sem tempo para poder concluir essa dinâmica. Hoje, o post foi mais fácil de ser produzido porque o seminário que participei no final de semana serviu de inspiração para concluí-lo rapidamente.


O seminário desse final de semana foi ministrado por Gabrielle Blackburn. A americana que se consagrou campeã de sua categoria no último campeonato nacional se destaca pelas técnicas e consistências de seus cães e foi isso que veio dividir no Brasil.


Eu, particularmente, fui surpreendida muito positivamente com o seminário. Gabrielle não ensinou técnicas novas ou desconhecidas, mas ouvir de alguém que já pôs a mão na massa com vários cães é muito diferente de ver vídeos ou ler textos na internet.


Várias dicas que ela me deu em relação aos problemas que estou tendo com meus dois cães pareceram sutis, mas só pareceram. Uma de suas lições mais importantes foi em relação a critério. Durante todo final de semana, Blackburn repetiu várias vezes sobre a importância de ser consistente nas consequências que provemos aos nossos cães, já que esse feedback é a única maneira que temos de nos comunicar com eles. Se as consequências sempre mudam, nossos cães não podem prever o que esperamos deles.


Para alguém que acabou de perder o mal conquistado "fica" de sua cachorra porque perdeu a consistência, essa mensagem tem um peso diferente. Ainda não peguei meus vídeos no Américas e Caribe mas fico devendo para vocês as imagens de exatamente quando o fica da Dory foi para o espaço. Minha ansiedade me roubou o fica da minha cachorra. Obviamente ele ainda não estava nada consistente e por isso, desapareceu como num piscar de olhos. Óh vida.


Mas é bom saber que podemos ensinar novos truques a duas cãs velhas. 


Além disso, Gabrielle pensa todo seu treinamento a partir do treino de fundamentos. Ou seja, todos os comportamentos complexos que os cães tem que executar em uma prova são quebrados em vários pedaços menores e treinados separadamente. Assim, o cão entende completamente aquilo que deve fazer e, caso algum problema apareça, não é preciso retreinar tudo, apenas aquele pedacinho que não está mais tão claro.


Gabrielle, pra mim, representa o sucesso das novas tendências de treinamento de  animais em todos os esportes e funções. Espero conseguir seguir essa tendência.